domingo, 16 de setembro de 2012

Nhocão de forno

 A origem mais difundida sobre a tradição que diz que comer nhoque no dia 29 de cada mês refere-se à chegada de um frade andarilho em uma pequena localidade italiana, em um dia 29. Ele pedia um prato de comida. A família, apesar de grande e pobre, não negou comida ao pedinte. Repartiram o nhoque, ficando cada pessoa com sete pedacinhos. Após saborear o delicioso nhoque, o frade agradeceu e partiu. Quando foram recolher os pratos, descobriram que em baixo de cada um havia bastante dinheiro. Por isso se convencionou chamar todo dia 29 de "dia do nhoque da fortuna", acompanhado do famoso ritual de colocar dinheiro embaixo do prato, e comer os sete pedacinhos em pé, para depois comer à vontade.Mudando conforme os ingredientes da massa e do molho, o nhoque começou a ser elaborado com várias farinhas, sobretudo de trigo, arroz e inclusive com miolo de pão. Misturadas com água, temperadas com sal e cozidas na água, propiciaram alimentos substanciosos. Anos depois, a massa foi enriquecida com espinafre, queijo, castanha, carne ou peixe. Após a introdução do milho na Itália, em meados do século 16, surgiu o nhoque de polenta. Mas foi a chegada da batata, entre os séculos 16 e 17, que mudou a história do prato.Tornou-se seu ingrediente supremo, embora continuem prestigiados os nhoques de farinha de trigo e semolina. Os sicilianos criaram uma receita exemplar. Seu nhoque mais famoso usa farinha de trigo, ricota de ovelha; no molho, uva passa, manjericão fresco e "pinoli". A receita dos romanos leva semolina, cozinha no leite e vai ao forno com queijo parmesão.No passado, o nhoque era uma preparação característica das cozinhas do norte e centro da Itália. Hoje, caiu em domínio nacional. Venceu até a resistência dos napolitanos, adeptos irredutíveis do espaguete e outras massas de fio longo. Alastrou-se aos países vizinhos. Na Alemanha existe um prato assemelhado. É o "spätzle", que acompanha caça ou carne assada. Também é preparado gratinado e servido em sopas. A Hungria repete a receita, mudando o nome para "galuska", que se harmoniza com o "goulash", um ensopado de carne conhecido desde o século nove. Ambos são feitos com farinha de trigo.No Brasil, o chef francês Laurent Suaudeau criou uma obra-prima que outros cozinheiros copiam: nhoque de milho verde. A imaginação gastronômica desconhece limites. Outros cozinheiros em atividade no país desenvolveram nhoques de batata-doce, mandioca e mandioquinha.Em qualquer receita, a massa também comporta recheios. O ingrediente mais comum é o queijo. Na região italiana do Friuli, coloca-se uma ameixa dentro do nhoque gigante de batata. Essa curiosa combinação é atribuída à influência da vizinha Áustria. Elaborações cortadas em fragmentos arredondados, frutos secos como a noz, amêndoa, castanha e avelã, sementes de frutas frescas como a romã, o bago da uva, cereais como a lentilha, alimentam o corpo e espírito em diversas culturas.


A receita de hoje é o nhoque de forno, e se faz bem assim:
Em uma tigela grande, misture 3 batatas médias, cozidas e espremidas (500 g), 3 colheres de sopa de óleo, 2 ovos, sal, pimenta e noz-moscada. Junte, aos poucos, 1 e meia xícara de chá de farinha de trigo e mexa até ficar homogêneo. 
Prepare o molho em uma panela média, aqueça 3 colheres de sopa de azeite de oliva e doure uma cebola média picada. Acrescente 300 g de carne moída e frite por 5 minutos, ou até ficar dourada. Acrescente uma lata de molho de tomate, sal, pimenta e meia colher de sopa de açúcar.
Em um refratário coloque a metade da massa, o recheio e o restante da massa. Polvilhe queijo parmesão ralado.Asse no forno até que este dourado.



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